quarta-feira, 27 de abril de 2011

Separação amigável.


Se não é engraçado é no mínimo peculiar, quando um casal resolve ficar junto tudo se torna lindo imediatamente, eles só vêem as qualidades dos seus parceiros e as exaltam com veemência, mas quando o ‘amor’ acaba, (normalmente por uma traição ou pelo desgaste do dia-a-dia) ambos tornam-se dois grandes filhas da puta, falam mal, esbravejam, jogam a merda toda no ventilador, falam o que nunca tinha pensado, exigem o que nunca tinha questionado, e se acham é claro, donos da razão. Enfiam o dedo na ferida e as aumentam, sabem os prontos fracos e usam a seu favor...
A parte mais amigável, normalmente, é a partilha de bens:
A tevê de plasma 42”, que foi por muito tempo sonho de consumo dele, é a primeira a ganhar um salto agulha 15 cm bem no meio do seu visor. O computador, de ultima geração, cria asas e sai pela janela dos fundos. Os perfumes franceses que ela comprou com tanto esforço são arremessados contra a parede e de propósito perto das bolsas de couro legitimo, manchando-as. A louçaria árabe, herança da mãe dela, vira uma linda e colorida farofa no chão da cozinha. As roupas dele ganham uma customização especial. E assim eles se sentem mais aliviados, dando motivos para nunca serem esquecidos.
Por que é tão fácil magoar e tão difícil confessar amar?
Por que destruir em segundos, o que demorou anos para ser construído?
Não seja um grande filho da puta, converse com quem você ame. Resolva os problemas diários no dia-a-dia, não deixe a coisa criar tamanho exagerado, não tente esquecer a dor ao invés de tratá-la. Acima de tudo: Ame e seja amado! 


(Espero que minha pequena estória transmita claramente minha mensagem). 
Larissa de Freitas

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