As brigas e as caras feias aumentaram junto com elas um turbilhão de reclamações sem nexo algum.
O amor ainda está aqui, ele nos habita por tempo indeterminado, e ambas sabemos que este nunca acabara nem tão pouco diminuirá, a única explicação que de tão obvia foi levada ao esquecimento é que uma gestante e uma adolescente não conseguem viver em paz por muito tempo, por mais pacientes que as mesma sejam, o que não é o nosso caso:
Eu, a adolescente, sou irritadiça ao extremo, falo palavrões (o que por sinal lhe deixa em nervos) preciso de toda atenção que exijo gosto que reconheças meus esforços e continuo possuindo os mesmos defeitos de sempre.
A senhora, a gestante em foco, se tornou mais delicada que uma pétala de rosa e agora para minha surpresa necessita de mais atenção e carinho do que sempre foi dado a mim (o que não é pouco, nem fácil de ser dado) mudou os horários, não me acorda mais com um beijinho afinal sua flexibilidade diminuiu bastante ao longo dos meses e irritada tanto quanto eu adquiriu um péssimo habito de me corrigir na frente dos meus amigos.
Nada de errado conosco, somos como uma casal em crise que por maiores que sejam as brigas findam se amando, se cuidado e se gostando ainda mais.
E quanto mais o tempo passa mais nossa sintonia aumenta, porque a senhora é minha mãe, meu pai, minha amiga, já foi até minha namorada (cá entre nós, nossos selinhos mãe e filha causavam inveja em muita menina banguela por aí).
Fato que os ciúmes andam a flor da pele esses últimos dias, e ele é mutuo, não venha querer dar uma de durona que tu não me engana minha preta!
Só quero lembrar-te que te amo, e enfim é o maior mais intenso e mais verdadeiro que trago no peito!
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