... Acostumei-me a abandonar um livro se ele não me agradar de cara, não dou tempo a procurar a sua essência ou o que o autor pretendia a cada nova passagem.
As músicas que embalaram meu sono hoje não recebem mais meus ‘cuidados’ fiz questão de esquecê-las, até as mais belas imagens do cotidiano fotografadas por meus olhos atentos hoje se encontram fora de foco.
As músicas que embalaram meu sono hoje não recebem mais meus ‘cuidados’ fiz questão de esquecê-las, até as mais belas imagens do cotidiano fotografadas por meus olhos atentos hoje se encontram fora de foco.
É como se ao sentir-me sobrecarregada entrasse automaticamente em ‘formatação’ e tudo que aparentemente não tivesse grande importância fosse excluído.
E quando o faço não noto que todas as coisas inacabadas ou descentralizadas ajudaram-me a forma minha personalidade, são parte de mim, engrandecem-me por menores que sejam.
Assusto-me percebendo que posso ter passado por esse processo tantas vezes que não sou mais capaz de enumerar os rostos, nomes, as vozes e os cheiros que despercebidamente enviei a ‘lixeira’.
E quando o faço não noto que todas as coisas inacabadas ou descentralizadas ajudaram-me a forma minha personalidade, são parte de mim, engrandecem-me por menores que sejam.
Assusto-me percebendo que posso ter passado por esse processo tantas vezes que não sou mais capaz de enumerar os rostos, nomes, as vozes e os cheiros que despercebidamente enviei a ‘lixeira’.
Acredito que não serei capaz de esquecer-me de uma coisa ao longo do tempo...
Quem sou de onde vim e o que vim fazer!
Quem sou de onde vim e o que vim fazer!
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