sexta-feira, 3 de junho de 2011


Ele não sabia como prepará-la para ouvir o que viria a seguir e ela de tão desconfortável com tudo aquilo alimentava uma lágrima. Não tinha como o moço saber quão difícil era pra ela, toda cheia de si, estar ali insegura e confusa.

- Não seja covarde, não tem como me preparar para o pior.
as mãos entrelaçadas confrontavam com os olhos vazios. Que raio de sensação é essa? Ele não pode ter tanto efeito assim na moça. Mas tem. O que se pode fazer... 
Explicados os fatos, desfeitos os pré-julgamentos os questionamentos vieram à tona.
 - E se fosse o contrario, seu machismo permitira que eu me defendesse?
 (Claro que não cara minha, claro que não).

Tinha me esquecido de como homens tem a capacidade de nos afetar de como conseguem ser idiotas quando querem. A sensibilidade feminina é tão banalizada, justo essa que nos faz passar por cima do nosso orgulho para priorizar o “sentimentalismo bobo” (como alguns homens chamam) que dedicamos a eles.
- Vamos nos esquecer disso, concorda?  (Diz a moça com o coração na mão)

- Se você puder, não quero te perder.
Tentando amenizar a situação e tranquilizá-lo ela sorri e brinca – do que mesmo falávamos?

 O primeiro beijo fez a lágrima, agora de emoção, cair e finalmente desfazer o nó na garganta. Novas promessas, novas juras, novas noites de amor, novos sonhos. Tudo novo de novo até que a vida te leve a questionar mais uma vez: “ privo-me novamente e aumento minha lista de frustrações ou me entrego e volto a vida”?



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Formadores de opiniões