sábado, 25 de junho de 2011

Tati Bernardi

(...) Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada e que, depois de sofrer muito querendo uma pessoa perfeita e uma vida de cinema, eu só quero ser feliz de um jeito simples. Hoje o céu ficou bem nublado, mas depois abriu o maior sol."

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ama



O seu sorriso, o seu colo e até o timbre da sua voz. Fragmentos teu que fazem falta no todo que me forma.

Meu blog, meu eu.


O entreolhares é minha casa, limpo tudo e coloco cortinas sempre suaves que são as que mais me agradam. o cheiro varia entre jasmins e flores do campo. tudo novo sempre que posso que me deixam. nos vasos as dúzias de rosas variam de cor conforme meu humor mutante.  
Gosto de vim aqui. de me aconchegar no conforto dos cômodos, por menores que eles sejam, de admirar minhas historias emolduradas enfeitando as paredes.  rever fatos, relembrar pessoas, ouvir minhas próprias palavras quase nunca doces mas sempre absurdamente sinceras. Vez ou outra me irrito comigo mesma não é confiável se doar tanto se expor tanto. Mas o que fazer quando você e suas palavras por mais bobas e erradas que possam ser se tornaram uma coisa só?   Escrever se tornou minha válvula de escape e só por hoje quero continuar escapando dessa loucura que é o mundo lá fora.
Entre meus olhares curiosos aqui se tornou meu lugar preferido, mais intimo, e você a melhor visita que posso receber dia a pós dia.


Nunca tive problemas com pessoas mais velhas, mesmo quando elas só conseguem chegar até mim para reclamar de dores, em geral as acho fofas. 

Tão inteligentes e cheios de historias para contar até suas estórias com todos os desvios da educação excessiva são boas. Mas não tive como evitar que aquele sentimento crescesse em mim, foi apavorante. Deus que me perdoe, mas quanta coisa ruim e maluca passou pela minha cabeça, sobre mim e sobre eles.   Queria sair correndo, pulando, voando. A maneira pouco importava só não queria continuar ali. Até o sol em contraste com a natureza me incomodava – feliz de mais – foi o que pensei.
 Os minutos se arrastaram lentamente; passou, senti a ultima gota de suor frio escorrer por minha testa e um micro sorriso de alivio pude finalmente dar. 
Ué, eu acabo de fujir de uma dose extra de felicidade.

terça-feira, 14 de junho de 2011





Meus olhos sempre acertam os seus em cheio. Você fica sem graça, cora, sorrir, disfarçar e muda eles de direção. Eu insisto, implico, triplico e você não se rende.  De repente sinto um comichão, uma coisa nova, não aguento e paro pra ver. São seus olhos procurando quase que em desespero pelos meus. Faço charme, abaixo a vista, faço cara de mal.
duas ou três palavras, no máximo, mais sorrisos, outras tentativas até que eu perplexa consigo ver como minha imagem tortuosa fica bela dentro do negro enlouquecedor da íris dos olhos teus.

domingo, 12 de junho de 2011


Aquele hálito fresco embaçou toda a córnea dos meus olhos e mudou minhas verdades, meu jeito, meus modos, meus costumes. Mudou-me de tal forma que agora já não sei quem sou... Ou sei? - Sou isso que me tornei, sou o que almejo ser, sou a quantidade de coisas que consigo sonhar quando em seus braços.

O efeito dos raios solares não tocava a pele com a metade da intensidade que na alma, a areia tão fina e quente lembrava manta acolchoada pra aquecer criança em noite de inverno; o vento brincava com os fios de cabelo um a um, acariciava a alma e quase dançava ao ritmo acelerado do coração. O mar era um espetáculo a parte; de um azul anil, inconfundível, azul de paz, se misturava com o céu de uma forma que ninguém era capaz de distinguir um do outro.    
Os sete sentidos em ação, satisfeitos, felizes.
 Deus e eu.
 

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Não consigo transformar meus pensamentos em palavras, quando com sorte escrevo e nada mais.  

sexta-feira, 3 de junho de 2011


Eu adiava admitir que ele estivesse conseguindo me ganhar e ao mesmo tempo amava o fato de ser Ele mexendo tanto com meu coração.

Ele não sabia como prepará-la para ouvir o que viria a seguir e ela de tão desconfortável com tudo aquilo alimentava uma lágrima. Não tinha como o moço saber quão difícil era pra ela, toda cheia de si, estar ali insegura e confusa.

- Não seja covarde, não tem como me preparar para o pior.
as mãos entrelaçadas confrontavam com os olhos vazios. Que raio de sensação é essa? Ele não pode ter tanto efeito assim na moça. Mas tem. O que se pode fazer... 
Explicados os fatos, desfeitos os pré-julgamentos os questionamentos vieram à tona.
 - E se fosse o contrario, seu machismo permitira que eu me defendesse?
 (Claro que não cara minha, claro que não).

Tinha me esquecido de como homens tem a capacidade de nos afetar de como conseguem ser idiotas quando querem. A sensibilidade feminina é tão banalizada, justo essa que nos faz passar por cima do nosso orgulho para priorizar o “sentimentalismo bobo” (como alguns homens chamam) que dedicamos a eles.
- Vamos nos esquecer disso, concorda?  (Diz a moça com o coração na mão)

- Se você puder, não quero te perder.
Tentando amenizar a situação e tranquilizá-lo ela sorri e brinca – do que mesmo falávamos?

 O primeiro beijo fez a lágrima, agora de emoção, cair e finalmente desfazer o nó na garganta. Novas promessas, novas juras, novas noites de amor, novos sonhos. Tudo novo de novo até que a vida te leve a questionar mais uma vez: “ privo-me novamente e aumento minha lista de frustrações ou me entrego e volto a vida”?




Eu não sei falar de mim, pode parecer estranho, mas sempre fujo quando o assunto em questão sou eu.