As crianças são novas demais para compreender, os adultos estão ocupados demais em cumprir seus compromissos e arrumar os cabelos em rápidas e repetidas passadas na frente do espelho, os velhos lamentam o presente querendo de volta o passado e/ou se ocupam com a vida alheia, eu observo tudo de longe como se não fosse comigo. E a vida passando lá fora enquanto minha janela esta entreaberta, como se fossemos donos do tempo, nem o destino o domina quem dirá nós, reles mortais. O tempo presente é brevíssimo, ao ponto de, na verdade, não ser percebido por alguns; o hoje, de fato, está sempre em curso, flui e se precipita; deixa de existir antes de chegar. A expectativa pelo que temos pela frente é que nos impede de viver, porque nenhuma coisa é mais difícil do que aprender a viver, não vivemos, apenas ocupamos o tempo que nós é dado.
Larissa de Freitas
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