Vó, vózinha

Apesar de morarmos na mesma casa, há conheci a tão pouco tempo que chego a sentir vergonha de mim mesma... Que espécie de neta desnaturada eu fui capaz de ser?!
Alguns meses atrás se me pedissem para descrevê-la eu começaria da seguinte maneira:

- Uma mulher forte e guerreira como poucas, que se sustenta atrás de um muro intransponível, chega a ser fria quando com raiva, não possui lágrimas, é de aço é forte como um touro, Mãe antes mesmo de ser ela própria.
Agora que te reconfortei em meu colo, que conheci suas lágrimas, que vi a fragilidade e até o medo dentro de tuas pálpebras... Que reconheci que és capaz de colocar a vontade de todos antes mesmo de suas necessidades; vejo uma criança gritando em teu peito e que quando ela tem oportunidade: Sorri, com gosto, com vontade- um sorriso limpo de qualquer mal.
Agora sim sei quem és ao certo, e peço-te desculpas por ser tão alheia a seus problemas... Por não ter enxugado todas as suas lágrimas; não sei ao certo se fui à causadora de algumas dessas, acredito que sim... Então me desculpo mais uma vez.
Sem a senhora eu não seria essa que agora aqui fala, eu não seria nada.
É meu maior e melhor exemplo e se tem uma coisa que mesmo depois de conhecê-la direito faço questão de gritar ao mundo é: “Mãe antes mesmo de ser ela própria”!

Amo-te, incondicionalmente!

Larissa Castro de Freitas